maio 03, 2009

O Lago

A beira do lago onde me lavo dos pudores
deixo cair e seguir o medo quando digo teu nome
Ali onde ninguém vê, a sombra do meu corpo se mistura
na águas, onde tantas outras, também se lavam

Não importa que seja turva, pra mim é cristalina
é teu corpo, tua alma, minha boca, na tua vida
a correnteza que puxa e com força quer arrastar
todo caminho do teu leito e depois eu sei, desembocar
no mar que não tem tamanho, eu não posso mais
te achar.

Ainda assim, eu volto, todos os dias para me banhar
sei do risco de ser levada, mas é isso que estou a esperar

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