fevereiro 13, 2010

Mais do que um arranhão

Um arranhão. Todos os poros são penetrados e marcados.
Uma nota musical, Um som que movimenta os sentidos
As marcas das mãos agarradas na pintura antiga, daquele lugar fétido
Já nem parecia tão ruim assim. Olhava para seu corpo e tudo a sua volta
Todas as cores que conhecia, as nuances também. Todas as sombras.
Esperar o que provavelmente jamais chegaria, mas, ainda assim esperar.
O dia trás algum conforto , mas a noite é cruel. Ela congela o sangue, imobiliza  a razão.
Não se deve adormecer, é preciso  vigilância  constante. É o limite da escolha.
Não eram apenas o tempo e os adversários comuns. Estava além. Era o tempo  e o desconhecido.
Talvez depois do vidro riscado da janela e porta, lá fora entre as árvores com folhas secas e tronco vergados,com  suas raízes emergindo pelo solo sem rumo, toque outra vez aquela música, e um arranhão desapareça.

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