agosto 25, 2010

Poema no mar

Quase em torno de mim mesma. Nesta vastidão, tão profunda encontro um feiche de voz. Ela diz que quando se busca tudo se encontra e, mesmo que distante de nós, ainda assim, está perto pelo que se aproxima da vontade incessante de se querer.Um desalinho alinhado. Era um poema guardado pra dizer eu te amo, de um modo insensato, de um jeito calado, como um grito abafado. Era tão lindo e cafona que as letras não quase não uniam, porque na palavra não cabia a ausência de voce. E para que Eu Te Amo não se perca por ai, gravei no ar que engoli, tranquei na garrafa que lancei em alto mar, o poema que fiz para navegar, até quem sabe um dia chegar. Tarde nunca será, porque Eu Te Amo, jamais se modificará.

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