agosto 01, 2010

Seu cassino, meu circo

Existem algumas coisas que ferem. Normalmente são coisas que não se mostram relevantes, visto do ângulo de quem não as sente. A semântica está onde um gesto não desenha.Está entre o ar que arfa dos pulmões e a expressão do olhar.As vezes vem de uma calmaria, de um raso convite para brincar. É isso. Participantes apenas figuram. Uma coleção de rodadas. Não li a bula dos efeitos colaterais, não tomei a vacina da precaução. Nunca estive num cassino antes. Conheço as regras do circo. Uma brincadeira de picadeiro, que tem ingenuamente a proposta de fazer viver momentos de entrega ao simples de ser feliz, sem aposta. E depois quando quem ganha não leva, quem perdeu faz o que?Existem algumas coisas que ferem. Normalmente são coisas que não tem preço, que não se substitui, que não se apaga.

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