setembro 02, 2010

Muralha da torre

Se sabe, é porque sente também. Só se sabe aquilo que se conhece. Daquilo que viu, ouviu, sentiu, provou e tocou. E aquele silêncio na voz depois do beijo de boa noite, deixou na fração de segundos o zumbido da linha crescer junto com a respiração. Desligou. Sinônimo mais... Qual é a profundidade do querer? Quanto mais águdo precisa ser o desejo, além de certeiro, para atravessar essa muralha? Aqui do lado de fora o pulsar é acelerado, e ai dentro descompassado. Não é indiferente, não vai se tornar indiferente, nem mesmo quando diminuido. Apenas se vê preso na corrente dos dias, olhando do alto da torre do castelo, toda beleza que há em sua volta, ainda vazia.

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