novembro 07, 2010

Denuncia muda

Não, não é mistério , é  proibido. Ao pensar, e não distante do toque que penso ser o teu, me sirvo de mim, pura  e simplesmente pela ausência da tua carne perto e dentro. As vezes não tenho escolha, tenho oportunidades apenas.  Em momentos de delirio me tranco a sós  com o silêncio e deixo que ele invada. A  culpa é tua. É justamente neles, nos momentos em  que  calo, que me entrego a ti. Me diga, e o que faço  com o corpo  que  incendeia e como uma clareira  ilumina a volta toda? Mergulho nos lençois  vazios? Já não sou dona dos ponteiros do tempo que passam por mim quando  os minutos correm pra voce. Se deseja meu corpo, morada da minha alma que segue teu rastro, pelo vento, buscando o olhar, encontre-me. Posso sentir  o calor que  abraça, que molha e que me transpira. Não não é mistério. É proibido. É uma denuncia muda. 

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