novembro 09, 2010

O Senhorio

Era sentir  a respiração entre as coxas, e o suor do corpo que  lhe corria  pelas costas. Era a secura da boca e a falta de ar  que  quase sufocava-lhe a vida.E naquele lençol enrugado, fora das margens do colchão imundo, que ouvia o sussurro nos ouvidos. Era assim, lasciva, burlesca, profana. Queria sim, que nada  pudesse parar. Seu corpo sacudia  para frente e para trás, sentia o peso  sobre si, e a força de seu senhor. Sim, seu homem e senhor. Aquele que a possuia. Submissa  continuava. Sempre. Por todas  as noites em que ele estava  nela, e todas as que ela se valia das lembranças dele. Ele era seu homem e ela, sua mulher.

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Instigante... é sobre desvendar o perigo imaginar o gosto  o poder da persuasão ao movimentar o corpo  pulsar, trocar de lado, de ato, sobre...