Era sentir a respiração entre as coxas, e o suor do corpo que lhe corria pelas costas. Era a secura da boca e a falta de ar que quase sufocava-lhe a vida.E naquele lençol enrugado, fora das margens do colchão imundo, que ouvia o sussurro nos ouvidos. Era assim, lasciva, burlesca, profana. Queria sim, que nada pudesse parar. Seu corpo sacudia para frente e para trás, sentia o peso sobre si, e a força de seu senhor. Sim, seu homem e senhor. Aquele que a possuia. Submissa continuava. Sempre. Por todas as noites em que ele estava nela, e todas as que ela se valia das lembranças dele. Ele era seu homem e ela, sua mulher.
O que foi deixado do lado de fora já não tem tanta importância assim. É mais árduo o que está do lado de dentro. Isso sim, é importante.
novembro 09, 2010
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