Quando nos passam a faca pelo lado do fio, o corte sempre carrega a profundidade da lâmina. E sangra. Nada adianta se esvair, porque de todo quente que esse vermelho escorre, não lava o que já tem necrosado, lá dentro. Sim, é pesado. É pesado e necessário, porque só assim é que se da conta da potência que tem as palvaras. Quase tudo se recompõe, amor, dor, sorriso. O que quebrou, pode calcificar-se, embora perca a tenacidade, a força para respirar. Nunca, jamais, em lugar algum, olhares serão vistos, labios serão tocados, e dizer por dizer, será outra vez despertado. Não pense que a dose de alívio é ausência. Não. Nem para dizer, nem para sentir, menos ainda para suprimir.Desmanchar criações não desfaz intenções. O amargo se diluirá. E derretendo as crostas que revestem o tempo, vai permitir apagar, toda voz que soou, todo ouvido que ouviu.
O que foi deixado do lado de fora já não tem tanta importância assim. É mais árduo o que está do lado de dentro. Isso sim, é importante.
novembro 29, 2010
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Escrito em Nanquim : O que foi deixado do lado de fora, já não tem tanta importância assim. É mais árduo, o que está do lado de dentro. Iss...
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POLIANA.. Talvez essa síndrome seja uma defesa,que talvez também morra aos poucos.Como um final de tarde e o por do sol.
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4 comentários:
gostei mulher....bom!!!!!!!!
Qual a possibilidade da realidade ao invés de fortificar, enfraquecer e passar a ser quase indiferença?
Chico, querido! Obrigada. Qu e bom que gostou.
Anônimo,talvez seja uma reação natural. Não sei. Acho que depende muito do que a lâmina afiada e a carne rasgada,reconheçam entre si.
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