janeiro 04, 2011

Carretel

Amor.
Descoberta
Conhecimento
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Manter
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Enjoar
Desgastar
e continuar. Sabe-se lá por qual razão continuar a tentar, tentar, até que o tempo se forme em crosta, uma casca e, já nem tem mais importância. Basta apenas que não tenha que mexer em nada. Que fique como está. O amor perde a temperatura, não reage as mudanças. É homeopático. Às vezes, apático. Conformado e dependente. Quando acaba, deixa  sua marca. Um hematoma na alma. O amor cobra sim. Cobra tudo e com peso de compaixão.




Paixão.
Surpreende
Invade
Domina
Carrega
Provoca
É crua
Intensa
Esgota
Acaba
e deixa um gosto às vezes amargo, outras vezes  de puro mel. A paixão não censura. Ela vive daquilo que a envolve e deixa que naturalmente isso  cresça e fique pelo tempo que quiser morar. A paixão chega morna e ferve, reage e contesta as mudanças.É o remédio e o veneno. Avassaladora e mesmo forte; assim, quando acaba não deixa vestigios. Some. A paixão cobra muito, cobra posse, mas cobra como vaidade.

Neste fio de sentimentos, que escolha temos a não ser sentir? Fino, ele enrosca, enrola, enforca, e nos faz  tropeçar. 
Emaranhados, nos acompanham  pelos dias que tentamos fugir deles.  

Um comentário:

Anônimo disse...

As vezes cinza, as vezes bege, as vezes sem graça... mas as cores estão ai.

È preciso esperar, outras vezes é preciso ser muito ágil.

Tudo tem seu tempo... tempo de paixão avassaladora e tempo de mansidão consigo mesmo.

É uma questão de saber usar a caixa de lápis.

Instigante... é sobre desvendar o perigo imaginar o gosto  o poder da persuasão ao movimentar o corpo  pulsar, trocar de lado, de ato, sobre...