Procuro todos os dias. Encontro sempre. Está em mim, no espelho, no pensamento. Naquele momento. Está na melodia de qualquer som. Raspas de um solo de cordas. Está em tudo que me faz tentar esquecer. Há um prisma. Impregnado. Solto, desamarrado e por isso em todos os lugares. Se me distraio, acabo por me surpreender. Ainda atenta, olhos alertas, e num único escape o coração salta. Te encontrei. Te senti, respirei, vomitei, desmaiei, adormeci. Era assim, sempre assim. Todos os dias. O encontro. Macio no abraço, áspero no adeus. Insalubre.
O que foi deixado do lado de fora já não tem tanta importância assim. É mais árduo o que está do lado de dentro. Isso sim, é importante.
dezembro 05, 2011
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