Eu sinto falta do abraço. Sinto falta do calor, mal humor, incoerência, fraqueza. Sinto falta de tudo que não tem em mais ninguém, além de ti. E da mistura que tudo igualmente meu, te reage. Cacos, estilhaços, embrulhados em mentiras que peneiram o que não sabemos transpor. Sinto falta da correção na escrita do português amarrotado que sinto quando escrevo. Ah! Sinto tanto entre muitas coisas, e sempre tem um canto seu. Meu maior disfarce é o silêncio, eu colei isso de você. Parece hilário e adolescente, e é. Maneira mais tranquila e assistida que compreendi para te levar, me levar, nos levar enfim. Estou aprendendo a viver isso, assim. Ou reviver assim, aquilo que depois de poucas malicias trocadas com vida, perdemos a melhor delas. Aquela que transferimos para responsabilidade o que deveria ser, intransferível, apenas sentido, vivido. Dê o nome que quiser, souber ou acreditar ser. Pessoas são pessoas e seus encontros acontecem. Alguns encontros jamais são insignificantes; tanto quanto se perdem diante de ponteiros, calendários. Eles ficam, preenchem, até se acomodam, mas não morrem. Eu só queria dizer que há momentos que escrevo e reservo para ti. Independente do que pense, siga, queira, conteste, fuja ou deseje. São aqueles momentos que me prende na tua alma, talvez inconsciente me furte e, eu respondo assim. Refugiada. Refém. E tão, tão muito mais tua do que antes me tivesse tomado.
O que foi deixado do lado de fora já não tem tanta importância assim. É mais árduo o que está do lado de dentro. Isso sim, é importante.
dezembro 07, 2011
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