Eu queria a insônia da razão para não errar. Até a romanticidade tem imperfeições. Sua construção é ímpar no jogo de pares. Não precisa entender, não há exata compreensão. Em um momento qualquer teu silêncio dorme no meu. Inevitável, inefável.
O que foi deixado do lado de fora já não tem tanta importância assim. É mais árduo o que está do lado de dentro. Isso sim, é importante.
setembro 29, 2012
setembro 23, 2012
Quarta feira de cinzas
Tem pessoas lentas. Lentas de dizer, fazer, lentas até de alma. Daquelas que andam,andam e nunca chegam a lugar algum. Daquelas pessoas que são sua própria multidão. Pessoas que exploram e se agarram no vento, porque jamais mergulham de fato, só plainam. Pessoas que desviam de si. Lentas para enxergar, lentas para ouvir, lentas para viver. Não existe perfeição. Nirvana é uma palavra. Existem muitos outros princípios que antecedem essa condição. Existem pessoas que arrastam fantasias na quarta feira de cinzas.
setembro 21, 2012
Livre
Não menti nem inventei. Quer dizer, só para mim e não te participei. É que não julguei necessário pois já era tão estampado numa cena para justificar o permissivo prazer sem culpar a mim. A culpa é toda tua, que não soube entender. Eu só disse que era assim com intensidade porque sua validade era o momento seguinte. Sóbrio, fraco, sequer sobrevivido. Agora não pretendo ir adiante, ou talvez não todos os dias pensar em ir. Indefinido é o nome. E para que ser mais que isso? Eu sou tão simples. Não vejo incógnita, ressalvas ou segredos. Não desoriento. Não quebro regras, porque não as sigo. Gosto de sentir a língua passando pelos lábios, melhor quando é a outra. Há muito deixei de sentir o pulsar do coração,mas o brilho do olhar, não.
setembro 20, 2012
Pelo imoral
Ah, queria dizer sobre tantas coisas. Sobre a vontade de dizer o que se mede o tempo todo, sobre a saliva que se guarda.. Queria mesmo era estourar pelos poros e gritar. Não queria protocolos ou compromissos. Queria ser feliz, agora, dia, momento. Tudo poderia nascer e morrer no mesmo instante. Na língua perturbadora do teu beijo, na saliência da tua mão. E o que não é moral, é o que ? Prazeroso. Delicioso. Intenso.Quantas questões do passado respondemos no presente sem sequer ter as mesmas opiniões de antes. Vida .Hoje, faria loucamente o que ficou e o que está por vir. Lê-se tanta semelhança, concorda-se com tanta reflexão, e pratica-se tão menos que tudo. Desprender-se de quase nada, parece muito. Estou naquela fase da vontade e da certeza desengano.
setembro 16, 2012
Distraída
Vem assim silencioso, rasteiro. Toma o chão pelos pés que sustenta a vértebra. Percorre a espinha. É pleno, forte, corrente. Nessa brincadeira de sentidos, perde-se a hora. Num jogo de sedução e domínio o corpo não se defende, a mente não ataca. No tabuleiro, nossas peças espalhadas, sem estratégia nenhuma. Vida, somente vivida. Desregradamente linda e provocativa, descalçada, distraída.
setembro 10, 2012
Me instiga
Me instiga te saber na minha cama. Ler tua respiração enquanto me percorre.Gosto do caminho das mãos ao encontro da pele, e quando buscam o quanto encontram Ardo no beijo pela língua que enrosca na minha e provoca arrepio no corpo, onde pertenço.
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