janeiro 17, 2013

Eu, minha mulher.

Sabe o que eu queria de fato? Saber gostar de quem realmente gosta de mim; de quem enxerga em mim coisas boas, minha lealdade, meu carinho, meu afeto, que se diverte com minhas palhaçadas, mas que sabe compreender minhas fraquezas, incertezas, inseguranças. Ando tão cansada de querer ser boa e pronta sempre, deixando que doa em mim antes para que talvez não doa no outro; àquele que eu quero bem... e que na grande maioria das vezes, da como resposta indiferença. Mulher é bicho estranho mesmo. E nem é por que sangra todo mês. É por que na sua grande maioria, embora sangrando hormonal ou emocionalmente, continua. Perdoa. Dissolve a saudade, o desejo, o olhar em palavras miúdas, em gestos estreitos, para que não façam parecer algo maior que o outro não possa suportar. E depois de tanto suportar, os hormônios se alteram, o emocional se calcifica, e só. A mulher segue.

2 comentários:

Roland disse...

E saudade, como se escreve? Em nanquim? Ou como..?

Marihê disse...

Meu amor. Ah, a saudade... se escreve de muitas maneiras, se sente de muitas ausências...

Instigante... é sobre desvendar o perigo imaginar o gosto  o poder da persuasão ao movimentar o corpo  pulsar, trocar de lado, de ato, sobre...