É como se fosse um ranço.
Antes de chegar até lá, parece fácil, algo que já superado ficou tão longe, bem lá tras.
As possibilidades de recomneçar são tantas na imaginação de um coração sem magoa.
Sem magoa? Não,não mesmo. Só quando está bem perto, só mesmo quando depois de declarar no papael todas as palavras, é que perceboo quanto ainda estou ferida.
O quanto ainda não quero desprender-me desse sentimento.
Tenho razão pra isso.
Temo que no momento em que me sentir liberta, nem mesmo a cicatriz eu possa notar. ,
Então quando tomada pela ingenuidade, caia outra vez.
Não. Não quero isso. Prefiro a magoa que me sustenta acordada, á tentação da saudade que me fará render. Desvio de voce, para recorrer a mim.
Hoje, apenas sabatino meus passos para distanciar-me dos seus.
Aprendi a ver com meus olhos e, se meu abraço ficou á margem da sua sensibilidade, saiba, alcançou minha coragem de dizer adeus.
O que foi deixado do lado de fora já não tem tanta importância assim. É mais árduo o que está do lado de dentro. Isso sim, é importante.
agosto 23, 2009
agosto 21, 2009
Sensatez
Eu não quero mais ter pensamentos nem atitudes sensatas.
Quero desnoretear as falas, os gestos, os passos.
Quero perder-me de dentro pra fora pra que não siga nada, pra que não cicatrize, pra que não me convença dos que pensam contrário.
Quero desfilar meus desejos, espamarrar, soltar ao vento meu sorriso.
Aquele mesmo, um dia teu.
Chega de ser pelo outro, suportar, quando na verdade a vontade é oposta, é minha, é nua.
Quero ficar descalça , despida, descabelada, desmedida, desatenta, desalinhada, decomposta, desafiada...
Minha sensatez está no fim.
Eu a matei, por mim.
Quero desnoretear as falas, os gestos, os passos.
Quero perder-me de dentro pra fora pra que não siga nada, pra que não cicatrize, pra que não me convença dos que pensam contrário.
Quero desfilar meus desejos, espamarrar, soltar ao vento meu sorriso.
Aquele mesmo, um dia teu.
Chega de ser pelo outro, suportar, quando na verdade a vontade é oposta, é minha, é nua.
Quero ficar descalça , despida, descabelada, desmedida, desatenta, desalinhada, decomposta, desafiada...
Minha sensatez está no fim.
Eu a matei, por mim.
Opção
Vive buscando algo que está sempre adiante de seu alcance.
Sempre deixa pra trás mãos que se estederam.
O caminho é estreito e, ainda assim, se perde.
Vejo seus passos cansados, embora insistentes no mesmo ritimo, já não demonstram mais a disposição de antes. Percebo seu esforço em parecer natural, mas é visivel seu desânimo.Nem sei ao certo se acredito mais em tuas palavras, tão iguais.
É isso que me afasta, e que me assusta.
Uma teimosia demasiada de sofrer continuo.Provocação, contestação.
Cada vez mais empenho e muito menos resultado.
Antes que nada mais faça sentido, se é que ainda faz algum, se olhe no espelho.
Mesmo quando não conseguir entender os "porques" e o que de fato há, entre a imagem e o reflexo dela, certamente reconhecerá alguém de tempos atrás.Espremido.
Desta vez, não tente ser o todo, opte apenas por um, mas que seja por aquele que sabe viver.
Sempre deixa pra trás mãos que se estederam.
O caminho é estreito e, ainda assim, se perde.
Vejo seus passos cansados, embora insistentes no mesmo ritimo, já não demonstram mais a disposição de antes. Percebo seu esforço em parecer natural, mas é visivel seu desânimo.Nem sei ao certo se acredito mais em tuas palavras, tão iguais.
É isso que me afasta, e que me assusta.
Uma teimosia demasiada de sofrer continuo.Provocação, contestação.
Cada vez mais empenho e muito menos resultado.
Antes que nada mais faça sentido, se é que ainda faz algum, se olhe no espelho.
Mesmo quando não conseguir entender os "porques" e o que de fato há, entre a imagem e o reflexo dela, certamente reconhecerá alguém de tempos atrás.Espremido.
Desta vez, não tente ser o todo, opte apenas por um, mas que seja por aquele que sabe viver.
agosto 18, 2009
Revisão
Passando trechos da história, dos pontos altos até os baixos, severos, e apunhalados.
O que ontem era verdade, hoje traição.
Para amanhã espero como o hoje, sem soltar as horas pelo tempo de chegar.
A gente vai se lembrando que quando a chuva cai, encontra antes de alcançar o chão, nosso corpo que atenua a queda das finas, grossas e até mesmo sólidas pedras de gelo, gotas d’água.
Dei contei que desde então, dizia que não podia mais. E olhe só, cheguei tão além.
Durante todo o caminho experimentei amor, carinho, amizades tudo de alvura tal, que mesmo guardados há muito, jamais perderam a brancura.
Vi também interesses, crueldades, inimizades, de negritude tal, que me mesmo adormecidas há muito, jamais se apagaram.
Pilares de construção.
Nem tudo são presentes, nem toda promessa se profetiza.
Olhando as linhas vividas entre paralelas, diagonais, cruzadas e interrompidas, percebo que a chave de partida não está em quanto você acumulou, mas quem durante esse tempo todo te acompanhou.
O que ontem era verdade, hoje traição.
Para amanhã espero como o hoje, sem soltar as horas pelo tempo de chegar.
A gente vai se lembrando que quando a chuva cai, encontra antes de alcançar o chão, nosso corpo que atenua a queda das finas, grossas e até mesmo sólidas pedras de gelo, gotas d’água.
Dei contei que desde então, dizia que não podia mais. E olhe só, cheguei tão além.
Durante todo o caminho experimentei amor, carinho, amizades tudo de alvura tal, que mesmo guardados há muito, jamais perderam a brancura.
Vi também interesses, crueldades, inimizades, de negritude tal, que me mesmo adormecidas há muito, jamais se apagaram.
Pilares de construção.
Nem tudo são presentes, nem toda promessa se profetiza.
Olhando as linhas vividas entre paralelas, diagonais, cruzadas e interrompidas, percebo que a chave de partida não está em quanto você acumulou, mas quem durante esse tempo todo te acompanhou.
agosto 17, 2009
Intervalo
Só por enquanto, neste intervalo de tempo entre o fôlego e o suspiro eu te deixo ir.
Quero tuas mãos ásperas, brutas, fortes, me prendendo entre teus dedos, marcando minha pele clara.
Quantas voltas dão os ponteiros do relógio? Sem parar ficam girando, girando.
Que me importa pra que lado eles andam, se pra frente ou para trás.
Gosto assim, selvagem.
Quando me sinto do avesso, sem culpa, sem preconceito.
Guardo cada movimento seu numa frasqueira de viagem.
Embaixo da cama, dentro do armário, atrás da porta do meu quarto.
Saudade. Tua fotografia é papel de parede em meus pensamentos.
Quando essa distância terminar, quero te abraçar de verdade.
Quero voltar a ter seu calor em mim, e em teus olhos poder ler, ler outra vez tudo que ficou naquele intervalo.
Aquele que jamais se repetiu aquele que jamais se recuperou
In
Quero tuas mãos ásperas, brutas, fortes, me prendendo entre teus dedos, marcando minha pele clara.
Quantas voltas dão os ponteiros do relógio? Sem parar ficam girando, girando.
Que me importa pra que lado eles andam, se pra frente ou para trás.
Gosto assim, selvagem.
Quando me sinto do avesso, sem culpa, sem preconceito.
Guardo cada movimento seu numa frasqueira de viagem.
Embaixo da cama, dentro do armário, atrás da porta do meu quarto.
Saudade. Tua fotografia é papel de parede em meus pensamentos.
Quando essa distância terminar, quero te abraçar de verdade.
Quero voltar a ter seu calor em mim, e em teus olhos poder ler, ler outra vez tudo que ficou naquele intervalo.
Aquele que jamais se repetiu aquele que jamais se recuperou
In
Farsa
Disfarça a tua farsa.
Em palavras que não te traduzem.
Eu no fundo queria ver quebrar tua vidraça.
Em toda frase que lia, em toda palavra que ouvia, anotava.
Disfarça a tua farsa.
Engasgo e soluço com o ar seco que desce rasgando e queimando, tirando o fôlego.
Traiçoeira é a visão do meu olhar que passeia a volta tua.
Disfarça a tua farsa.
Só um reflexo de imagem, sem consistência, sem textura.
Disfarça a tua farsa.
Roe o tempo das verdades,
Para viver as migalhas da vaidade
Algum dia, não haverá mais disfarce.
Não haverá mais vaidade.
Não haverá mais verdade.
Em palavras que não te traduzem.
Eu no fundo queria ver quebrar tua vidraça.
Em toda frase que lia, em toda palavra que ouvia, anotava.
Disfarça a tua farsa.
Engasgo e soluço com o ar seco que desce rasgando e queimando, tirando o fôlego.
Traiçoeira é a visão do meu olhar que passeia a volta tua.
Disfarça a tua farsa.
Só um reflexo de imagem, sem consistência, sem textura.
Disfarça a tua farsa.
Roe o tempo das verdades,
Para viver as migalhas da vaidade
Algum dia, não haverá mais disfarce.
Não haverá mais vaidade.
Não haverá mais verdade.
agosto 13, 2009
Pintura
Uma tela sem moldura.Hoje em dia não é necessário emoldurar.
Fica assim mesmo,para alguns parece que não terminou e para outros um "traço" de acabamento.
Afinal, o que vale mesmo é a obra em si. Aquilo que o artista sente, e que nem sempre tem de fato a interpretação correta. Mas, dizem por ai, que a partir do momento que o artista expõem sua obra, ela passa a pertencer ao público e não mais a ele.
Fica com nome, mas sem alma ou com alma mas sem nome, sei lá.
Cada um que a vê, encontra o que procura, define o que deseja, revela o que esconde.
Os críticos as transformam em arte ou em lixo.Mas quem são os críticos?
Ah, é verdade, estudiosos dessa manifestação que explode em cor.
A tela pode ter vários tamanhos.Embora o artista seja um só, de um tamanho só.
É possível separar a obra do artista? Os conceitos dos valores? Numa tela sem nada estampado, qual é a definição? Vazia ou completa? Na sua tela, qual a moldura de sua escolha? Se houver uma.
Quando nos revelamos para alguém, deixamos de nos guardar para o todo?
Como está a sua tela?
Fica assim mesmo,para alguns parece que não terminou e para outros um "traço" de acabamento.
Afinal, o que vale mesmo é a obra em si. Aquilo que o artista sente, e que nem sempre tem de fato a interpretação correta. Mas, dizem por ai, que a partir do momento que o artista expõem sua obra, ela passa a pertencer ao público e não mais a ele.
Fica com nome, mas sem alma ou com alma mas sem nome, sei lá.
Cada um que a vê, encontra o que procura, define o que deseja, revela o que esconde.
Os críticos as transformam em arte ou em lixo.Mas quem são os críticos?
Ah, é verdade, estudiosos dessa manifestação que explode em cor.
A tela pode ter vários tamanhos.Embora o artista seja um só, de um tamanho só.
É possível separar a obra do artista? Os conceitos dos valores? Numa tela sem nada estampado, qual é a definição? Vazia ou completa? Na sua tela, qual a moldura de sua escolha? Se houver uma.
Quando nos revelamos para alguém, deixamos de nos guardar para o todo?
Como está a sua tela?
agosto 11, 2009
Denuncia
Vem. Denuncia minha vida, desmascara minha alma.
Mas deixa a estupidez mostrar a tua cara também.
Marionetes de embaraços, emaranhados cruéis.
Dissimula a presença pela aparência refletida no espelho.
Fica sóbrio dos teus medos e diga se olhando inteiro,se verdadeiramente é capaz.
Que nada. Rasteiro é teu passo e tua força é a mesma farsa.
Mas deixa a estupidez mostrar a tua cara também.
Marionetes de embaraços, emaranhados cruéis.
Dissimula a presença pela aparência refletida no espelho.
Fica sóbrio dos teus medos e diga se olhando inteiro,se verdadeiramente é capaz.
Que nada. Rasteiro é teu passo e tua força é a mesma farsa.
Terra dos pequenos
O chão que piso não me parece mais o mesmo.
O que antes era macio, fácil de caminhar e me permitia que visse minhas marcas, construindo de fato um caminho por onde também pudesse voltar, hoje não reconheço mais.
O solo é duro e difícil, longo e mais imperfeito do que antes podia imaginar.
Isso torna minha postura mais rígida, com atenção distribuída em cada passo, com medo e ansiedade coladas, caminhando lado a lado.
A cabeça que antes solta, via toda a paisagem, agora só trava o olhar adiante.
Apreensiva com o que virá, para não me surpreender em nenhum instante.
Vida cinza. Não deixa marcas, apenas passa.
Quanta alegria a ingenuidade dá. A malícia vem e a despi.Intimida, e se oferece para depois abraçar.Maldade pura.Infelicidade crua. Ser grande não é crescer por fora.Procuro a terra dos pequenos.Onde as marcas de caminhadas, dão melhores exemplos.
O que antes era macio, fácil de caminhar e me permitia que visse minhas marcas, construindo de fato um caminho por onde também pudesse voltar, hoje não reconheço mais.
O solo é duro e difícil, longo e mais imperfeito do que antes podia imaginar.
Isso torna minha postura mais rígida, com atenção distribuída em cada passo, com medo e ansiedade coladas, caminhando lado a lado.
A cabeça que antes solta, via toda a paisagem, agora só trava o olhar adiante.
Apreensiva com o que virá, para não me surpreender em nenhum instante.
Vida cinza. Não deixa marcas, apenas passa.
Quanta alegria a ingenuidade dá. A malícia vem e a despi.Intimida, e se oferece para depois abraçar.Maldade pura.Infelicidade crua. Ser grande não é crescer por fora.Procuro a terra dos pequenos.Onde as marcas de caminhadas, dão melhores exemplos.
agosto 10, 2009
Correntes
É quando adormeço que entendo.
Quando sonho em ti meu dia vazio e as noites que nunca terminam.
Se meus olhos se trancam, cerrados, é para não correr os cantos, possíveis enganos onde poderia estar.
Me entrego ao cansaço e ao desgosto que sei mais que certo, de jamais te achar.
Sei que foges mais de ti do que de mim.
Sua sombra escorre pelas paredes como quem contraria a claridade e, desta forma eu persigo, sigo teu rastro. Destino doído que me traço.
Sinto medo, vergonha e mal trato.Mas falta o golpe fatal. Não li em nenhum livro, nem assisti peça igual. Sou única também no teu destino, eu sei, imortal.
Tormento. Presa às correntes que arrastam o amor,ao que corresponde a vida, e paixão pra revelar a dor.
Quando sonho em ti meu dia vazio e as noites que nunca terminam.
Se meus olhos se trancam, cerrados, é para não correr os cantos, possíveis enganos onde poderia estar.
Me entrego ao cansaço e ao desgosto que sei mais que certo, de jamais te achar.
Sei que foges mais de ti do que de mim.
Sua sombra escorre pelas paredes como quem contraria a claridade e, desta forma eu persigo, sigo teu rastro. Destino doído que me traço.
Sinto medo, vergonha e mal trato.Mas falta o golpe fatal. Não li em nenhum livro, nem assisti peça igual. Sou única também no teu destino, eu sei, imortal.
Tormento. Presa às correntes que arrastam o amor,ao que corresponde a vida, e paixão pra revelar a dor.
agosto 04, 2009
Sentinela
Guardada como precaução, vive com o medo amordaçado ao pensamento da entrega.
Punição por pecado omisso, no prazer completo sobre o risco do castigo eterno.
Dissabor do preconceito, abandono, desfecho.
Cuida sempre para não trair-se em tentação.
Sentinela da vida, carrasco do amor.
Ardor em vão.Sustenta na fraqueza a emoção.Em seu toque a motivação de manter fiel a seu próprio destino.
Sentir amor sem usar o coração, sexo sem sentir a paixão.
Punição por pecado omisso, no prazer completo sobre o risco do castigo eterno.
Dissabor do preconceito, abandono, desfecho.
Cuida sempre para não trair-se em tentação.
Sentinela da vida, carrasco do amor.
Ardor em vão.Sustenta na fraqueza a emoção.Em seu toque a motivação de manter fiel a seu próprio destino.
Sentir amor sem usar o coração, sexo sem sentir a paixão.
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