maio 31, 2010

Letras Itálicas

É o momento. Se nada vai sair, que não exista enfim
Mais de 1000 motivos para não se desmentir
Menos de 1 motivo para persuadir
Aqui é o lugar. Agora nas fontes itálicas
nas cores frias determinadas, nessa bobagem de dividir
Dois mundos não são metades. São dois.
Se pudesse gritava, tirava da garganta até o final do fôlego
Diria tudo que falta, tudo que passa, tudo que domina
tudo que eu sei o porque que fazia, porque ia,
porque tentei mas não desisti
porque não impedia , porque, porque, porque
Mas, pra que mesmo tudo isso se não há ouvidos pra saber
Moro aqui nesta tela, branca, larga e eterna...
Um pedaço de mim ...que não sabe não ser



Ele / Ela

Ela sempre sentiu
Ele é quem nunca viu
Ela fingia que não sentia
e, quando não pode mais fingir, mentiu.
Ele, tão observador, não viu
Ela queria se dar.
Ele queria se ter
Ela queria a boca
Ele queria a vez
Ela chorou, lamentou, seguiu
Ele, ela não sabe, apenas que partiu

Sorrateiro

Vem sorrateiro e feito a dor, vai intensificando sua presença
Habilidoso, não pega e não larga, não toma e não entrega
Guarda sempre um pouco de vitalidade para ressuscitar depois
Afasta pelo mesmo motivo que arrasta pra si
Defende quando acusa e, ainda assim
perde, quando o momento pede um pouco mais
Mesmo que nada finito, ainda que nada adiante
Fica foragido do melhor de sentir
Espalha grãos, mina a terra, soterra.
Sinto assim. Rasgada ao meio




maio 30, 2010

Declino

Tudo que quero dizer parece que sobe pela garganta
e quando a boca abre , as palavras se enroscam na saliva e sua acidez as dilui,
e sobra apenas a expressão do olhar

Que diz , delata, conclui. E não adianta lacrimejar
Não tem disfarce, e é isso que que é covarde
porque quem me vê, enxerga a mim

Se escrevo, apago e reescrevo
sublinho e negrito aquilo que quero mostrar
mas, no olhar não tem pré seleção
não se conserta a intenção

Não tem acidez pra diluir
Nem mesmo a voz é capaz de
ser única, como olhar

Calo as palavras
Cego o olhar
Declino



maio 29, 2010

Verbo Particular

Existe um verbo particular.
Cuja a condição é que não tenha tempo para se conjugar
É sobre a sensação de esperar e
da possível falência de não chegar
Verbo que não fica no presente,
nem muda de lugar.
Difícil explicar, mas é possível entender
Um verbo de se sentir, e que hoje eu senti
Que não se chama saudade, também não é vontade
não sei conjuga-lo admito, não sei atravessa-lo em mim
só sei que tem nome próprio
Um verbo particular que conheci



Sobre o Abraço

O abraço é um gesto completo.
Mas não é qualquer abraço que é assim.
O teu abraço é que é.
Ele me guarda inteira, me acalma, me excita.
É no teu abraço, nos instantes em que estou nos
teus braços, que te pertenço mais que qualquer outro
instante que tenha vindo antes, de me abraçar em ti.
O abraço é uma declaração.
E se faltavam entre os braços, as palavras
eu as digo, embora longe dos teus ouvidos
Me abraça agora, porque no teu abraço eu me encaixo
Me abraça agora, porque tenho saudade,
Me abraça agora, porque te quero
Me abraça sempre, porque te espero



maio 27, 2010

Charme III

Ah, esses seus olhares que dizem tudo.
Ah, essa vontade de advinhar, entregar.
Qual é parte no todo para te encontrar? Sentir o sol acarinhar a pele, o dia tem álibe próprio. Mesmo que as luzes não se acendam, mesmo que os holofotes não iluminen; a noite pelos becos, nas sombras, nos ensaios de garagem, nas filas intermináveis de cinema. Ah, esse jeito de ir aos poucos. Esperamos quem sabe, nos alcançar? O que fica sempre é algo para decifrar e isso vai ganhando mais e mais, e mais momentos no pensamento...uma paixãozinha de encaixar...um jeitinho pra se chamar...

maio 25, 2010

Eu sigo

Passo como quem passa assim, despercebida
Andar descompassado, pernas trocando os passos
Já é quase um hábito, fingir assim
Não me preocupo se a expressão atormenta
Eu sigo.

maio 23, 2010

Molduras

É só um querer.
As vezes gosto de ser assim, sentir assim.
Dizer assim. Mas porque fica parecendo
que tem que se estender além do que momento quer dizer?
Não sei prometer para amanhã, o que me abraça agora
Se existe é pra ser vivido, independente de quanto tempo
Se entrego é pelo todo, independente das partes que ficam pra depois
Se estou é pela presença, a ausência vai se encontrar na falta
Agora é no teu corpo que eu viajo.
São teus sons que ouço, são tuas as palavras que reproduzem meus desejos
E é pra voce, que agora eu existo
Secretamente, neste quarto de motel, nessa rua sem saída
nessa cidade vazia, nessa vida roubada.
Mas não pense que amanhã será assim
Não talvez por voce, não talvez por mim
A saudade é o limite da razão, creia

maio 22, 2010

O MEU TEMPO

O meu tempo é o espaço entre pensar e realizar.
Não tem cronômetro.Tem emoção.
Tem intensidade.
Tem necessidade de querer,
vontade de sentir.
O meu tempo é leve.
O meu tempo tem olhos de águia,
pele macia, gosto doce, corpo quente.
O meu tempo tem palavras fortes,
curtas e longas.
O meu tempo não mora.
Ele envolve, ele protege.
O meu tempo é que vivo em cada vão,
em cada brecha.
É o que percorro é o que encontro.

maio 21, 2010

Só perguntas

Mente?
Mente quando pensa
ou quando diz?
Já subornou seus desejos?
Já enganou suas fantasias?
Já esteve sem querer
e deixou o queria?
Já suportou?
Já acordou suado
por se trair?
Já atravessou
seu orgulho?
Já sentiu
sem tocar?
Já esperou?
Já se permitiu?
E quando mente assim,
mente por voce ?





Seguir

Sempre quis arrancar pela raiz
Um gesto, um aceno.
Sempre quis rebolar os quadris
em cima das tuas coxas
Roçar minha pele na tua boca
E gastar o tempo assim
Sempre quis que me seguisse com olhar
que me quisesse devorar
Eu cederia, fiel e silenciosamente
E que não passasse disso, apenas um feitiço
Mesmo que nossos corpos se encaixem,
nossas bocas se engulam, nossos dias se esperem
e se espremam em vontades de tornar
Qualquer hora fracionada em momentos
Qualquer suspiro, qualquer desejo
Não preciso de confissão.
Eu sinto

Meu corpo nu

Eu durmo nua,
porque te espero sempre
A paixão tem muitas esperas
A inspiração vem
mais profunda nos delírios
Eu derramo tua voz nos meus pensamentos
e vibro com a orgia das mãos
Irônia amarga, lembro do teu galope
na força e no domínio
e da noite de ternura
fica o vão por onde corre o tempo
Na presença do lenço se seda
a pálida certeza que meu corpo nu
adormece sempre apaixonado

maio 20, 2010

Lucidez carrasca

Oh, sensatez que me vigia.
Lucidez que me toma os dias, sem esmorecer.
Me protege e me entrega aos caprichos da vida
Alinha e desalinha meus medos.
Dá forças para sucumbir, mas deixa nos lábios
o gosto do mel.
Oh, Sensatez carrasca dos verbos que conjugo

Amanhã tudo pode

Amanhã tudo pode
Olho para os cristais
ouço o tique taque do relógio
Sinto a vibração do toque do telefone
Vou mudando as peças no tabuleiro
Fecho a cortina, porque a penumbra me excita
Minha natureza é assim, solta
Ao espremer as espinhas, elimino as chances
Desfio todos os dias um pouco da audácia
Ta difícil de separar e enteder o que é ilicito
Pelo que soma e credita, responde por satisfação
quando contrapõe, subtrai e atinge opiniões
tudo tão abstrato...

Mas, amanhã tudo pode ser
Tudo pode chegar, tudo pode conter
Tudo pode agradar, tudo pode mudar
Tudo pode abraçar, tudo pode não existir mais
Tudo pode calar, tudo pode sair
Tudo tão abstrato, amanhã

Nossas armadilhas

Naquele dia , parecia tudo tão real
Detalhes gravados em lençois
que se acomodaram aos redor dos corpos
cenários que sugeriam promessas
Tantas promessas, sedentas de verdades
Onde sempre procuramos aflitos,
em olhares perdidos. Apostamos.
Acreditamos em nossas próprias armadilhas
Enquanto tudo parece correr paralelo
Quem disse que não há jogo?
Quem disse que não há regras?
E, quem disse que não burlamos as regras?
E, quem disse que não acomodamos os detalhes
E bebemos dessa fantasia cheia de mentiras
Ainda que sem fim, sempre mostra um começo

Dizeres

Desagrado pela ausência,
pela quietude do tempo
que me cala e amordaça.

Desassossego pelo tempo
que me esvai

sem vestígios de passagem

Sufoco entre tantos sentidos
e transbordo silenciosamente

Alimento de pensamentos e
desejos o que já não alcanço

Quero todos os sentidos.

Misturados, envolvidos, trocados.

Ficar vulnerável sim.
Por muito tempo, isso desarma.

Quero não poupar intensidades,
não limitar atos.

Quero submergir em teus braços


maio 18, 2010

Para alguém muito especial

Pra descobrir as coisas é preciso se entregar à elas.
A parte mais difícil é convencer a covardia
que a coragem está ao lado, quando e sempre que necessário.
A parte confortável é também a mais massante.
Resultado que aparece em doses homeopáticas.
Apaticas.... e quando se percebe já é uma soma completa de
nãos e incertezas que fica tão distante saber como seria...

Prazer em ter, sentir, existir, tocar ainda que não pelos outros
mas pela chance de se fazer feliz.
Não sei se é possivel odiar o mundo todo, mas sei que é possível amar quase infinitamente tudo.
Prefiro o sorriso a tristeza,
o abraço a distância , o risco a inércia, o beijo a ansiedade, o corpo a ausência.
Mas é preciso deixar que isso aconteça
.

Minha vontade anda de mãos dadas com eus olhos, aflitos por captar qualquer forma que se transforme , qualquer luz que ascenda, qualquer chama que queime e mostre que há...
Qualquer coisa em qualquer lugar, sonhos que se encontram pra sonhar, o bem , o bem querer!


Se queira bem , me queira bem...

Pra lembrar mais do tempo, pra contar, pra ter saudade de conhecer como é,
conhecer e saber viver

maio 16, 2010

Pensando bem

Porque quando penso em voce meu coração dispara
Porque sempre que quero romper, meu coração resgata
Porque toda vez que eu te esqueci, meu pensamento
te procurou entre sombras e palavras
Porque voce me tem assim
Porque eu nem quero mais resistir
Porque mesmo que não me pertença
Eu, ainda assim, te abraço em travesseiro
Te sinto através do silencio, ele me une a voce.
Suspeito de teu olhar. Lembro
quando arrancou de um só movimento
pra dentro do teu pensar algo que
flagrou. Um imagem bonita, um momento,
um instante sem par.
Pensando bem , não quero mesmo te esquecer.

Dentro do tempo

Recolhida em tentações e pensamentos
deixando o tempo correr pra ver
se alcanço seus passos lá na frente
Vendo o que os apressados vão largando para trás
Conhecendo os que os lentos vão deixando de ganhar
Juntando os trapos e milgalhas,
aos grandes fardos de batalhas

Digerindo, desarmando,
engolindo, mastigando

Puxo a cortina pra ocultar
ou para proteger

depende do que está do outro lado

Cárcere

Pretendo ficar louca. Não completamente.Talvez perder parte da lucidez.Porque que quero desfrutar das coisas sem cobrar delas o perfil de resultado perfeito. Quero a sensação de leveza, da não necessidade. Quero a vastidão, a força do vento nos cabelos. Quero perder a importancia que não atribui para coisas que me cercam. Quero reinventar o critério de escolha. Descontinuar o que nem sei porque comecei. Não seguir. Apontar, ir. Pretendo ficar louca , perder a lucidez. Essa lucidez que torna tudo tão igual, de se ver e sentir. Essa que não dá chance, que não perdoa, que mata.
A lucidez é um cárcere
.

maio 15, 2010

Essa estupidez

Essa estupidez
Essa falta de não existir
Mãos geladas tocam a face
Presente de dias distantes
Aguda é a palavra que traz
em sua semelhança, saudade
Para não dizer que não vejo,
eu sinto. Entrego ao palpite
na condição de querer ter.
Incondicional.
Porque queima por dentro



Vício

Apenas meu
enquanto teu
o olhar que toca
a vastidão
Apenas tua
enquanto minha
a voz que chama
a atenção
Apenas tudo que nos aproxima
e nos afasta dessa mesma rima
que submete a malícia pequena,
do vicio das mãos
que teimam em vasculhar,
entre as pernas, os caminho da língua
os arrepios da pele, os prazeres da carne,
e que deixam as marcas
na saudade viva.



maio 14, 2010

FASCÍNIO

Eu não sei o que mais me fascina.
Se os tormentos dos segredos,
ou a invasão dos limites da lingua
dos que pensam e somentem pensam
dos que sonham e somente sonham
dos que amam e por isso se entregam
dos rebeldes, que pra quase tudo se negam
Eu não sei o que mais me fascina.
O que desta vida passam nos dias,
das ausencias, as causas surpeendidas,
daqueles que ameçam nos causar
dor, fadiga ou ainda calor, alegria.
Eu não sei o que mais me fascina.
O que entorpece, alucina,
o que desafia e desatina.
Eu não sei o que mais me fascina.
Entrada, saidas, chegadas, partidas.
Defeitos, as sobras das virtudes esquecidas
coisas que proibo pensar.
Coisas que quero, qualquer perigo.
A audacia, o medo, os sentidos indefinidos.
Fascinante é tudo aquilo que transforma em vida

maio 12, 2010

Rompimento

Enquanto o tempo se encarrega de afastar as ideias
as lembranças trabalham para reconstruí-las.
Quero um instante,um pensamento,
onde só exista a essência
Onde o envolvimento esteja protegido de opiniões,
construções de outras ordens,
que não seja simplesmente sentir.
Quero saborear nos lábios o mesmo gosto
de um sorvete na boca de criança
do abraço, do carinho da atenção
aquilo que eles tem de puro; só sentir
pisar descalço, chorar sem disfarçar
sorrir até gargalhar
olhar e olhar muitas vezes , não inibir o alcance
quero um momento, um instante que não exista
que não sofra, que não termine
quero a utopia, a quimera
quero nascer do silêncio
invadir , romper, voar

maio 11, 2010

Toda vez que for simples

Eu ia te deixar um bilhete
Talvez alguma coisa que pudesse guardar
um jeito meu, um trecho de uma musica
minha boca no baton. Qualquer coisa.
Queria mesmo era copiar o simples
Então decidi que simplesmente
vou estar sempre, no seu perfume
no seu banho, no seu café.
Vou ficar no seu pensamento,
vou morar na suas palavras
Vou correr pelo seu corpo
feito um arrepio
toda vez que for simples
Qualquer coisa.
um café,
um trecho de musica
um perfume, minha boca
um pensamento distraido
meu nome
um bilhete






maio 09, 2010

Composição

Eu queria, as vezes, ser diferente.
Mas nunca chego em algo que seja melhor
do que eu me reconheço, então fico assim,
Sempre eu . As vezes sofro, as vezes amo.
Gosto de ter as emoções correndo pelas veias.
Gosto de ter calor pra viver.
Não me venha com meia verdade, meia mentira .
Há exatamente aquilo que nos leva.
Há somente o que nos traduz em momentos, em emoções.
Não me venha qualificar em certo e errado
aquilo que não tem juízo pra nascer perfeito.
Se é necessário a escolha, não alimente
a possibilidade que não está entre as alternativas.
Eu vivo assim, a juntar espaços, a compor trechos
em pedaços de sensações
Só me reconheço dessa maneira.
Diferente das reservas obscenas
Minhas letras são cenários
De um palco de ou um altar




maio 06, 2010

Meu bem querer

..mas é que as vezes
sentimos vontade
de ter só pra gente

é que as vezes
sentimos vontade
de ser egoista o bastante

é que as vezes
sem chances de
recriar a emoção

criamos a saudade
talvez, o pior momento
entre o desejar
e o sentir

Meu bem querer
não é mais segredo

Ainda é sagrado
e para sempre estará
sacramentado
em meu coração

Deixou um "q" de pecado,
deliciosamente
acariciado pela emoção

Meu bem querer,
meu encanto

Não,
não estou sofrendo tanto

Amor é o que se tem ,
pra viver
Meu bem querer







maio 05, 2010

Qualquer maneira

Arrancar a pele do pés para sentir
que descalço o solo é mais duro
Que nada nem ninguém pisará por mim,
caminhos que são meus
e que nenhum outro sentimento terá sentido de ser
se não for a simples experiência de viver
Castrar emoções por desconhecer ou desacreditar
de intensidade, capacidade, é abandonar a sorte
Interpretações de ideias, reações por ações prévias
suposição de efeitos.
É tão superficial quanto sorrir no elevador.
O valor está nas coisas que descobrimos,
e nas tantas outras que admitimos temer.
Nada é seguro, nada é perigoso demais.
Tudo é como queremos enxergar,
tudo é como queremos confortavelmente discorrer.
É, estou falando dos meus e dos seus medos.
Dos nossos, de modo geral.
Estou falando das coisas da vida e,
de como passamos por elas, ou elas por nós.

maio 01, 2010

Caixeiro Viajante

Voce vem assim,
com jeito de quem nada quer
Rouba minhas noites,
engole meus dias,
estende palavras
Foge pela janela,
deixa a porta aberta,
a cama vazia.
Não me deixa escapar,
fico descalça sem saída
Fica meu dono e eu sua vadia
Vem quando quer, tem o segredo
Não sei quanto tempo serei
refém de seu capricho
Não sei se acabo te tomando
e te vencendo
Não sei se acabo me perdendo
e me entregando
Quero que não me resista,
quero que eu não te desista
Forte é quando sem tocar,
possui, consome
Se eu disser que machuca,
mas que mesmo dizendo não
Não reajo. Qualquer dia desses
vai encontrar a porta fechada ,
a cama arrumada,
a janela com vidraças
e cortinas...

Muralha

É muito difícil não te querer
Deixa eu tentar traçar os sinônimos
com os quais suas palavras me invadem
Deixa eu mostrar como se traduz em mim
Deixa eu tocar em voce
quando estiver distraido
Deixa eu te arrancar da lucidez
te arrastar pra insensatez
Deixa eu te mostrar
o que de mim ainda não conhece,
e o que de voce mesmo, não reconhece
Não pense que eu sinto a tua falta
porque eu vivo tua ausência
Mas não pense por isso também,
que não vou saber ficar
Voce me ensinou e agora eu
apenas aprendi a beber teu silencio



queria que rompesse a certeza de que
as coisas tem ordem, que pessoas significam
só o que se pode ver, que sentimentos são sentidos
que se pode dominar. Que carinho é só parte de atenção






Instigante... é sobre desvendar o perigo imaginar o gosto  o poder da persuasão ao movimentar o corpo  pulsar, trocar de lado, de ato, sobre...