setembro 27, 2010

Fios ao vento

Sentia  quente, de modo ligeiramente atormentado entre o que queria apagar e o que emergia das entranhas. Razões que não tem lógica. São como  linhas finas, que se enrolam e embaralham em nós. Desatar, desembaralhar é descobrir o furtivo prazer de se misturar. Existem suavidades que só acontecem na transigencia  de querer  saber. Passear pelos meios, tingir  o vermelho de dentro, molhar os poros até  transbordar. Intorpecer, envolver com o perfume que é singular. Sorver. Caprichos que  desenham outras  vozes, distantes da minha tez, palidez. Sua insensatez. Cem ramos de perdão, para mil  galhos de entrega, fome de  entrelaçar, amarrar, conter. Existe ainda um paladar no atrevimento de desafiar o vento a emaranhar  nossos fios.

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